2018 a 2020

É no mundo material que experimentamos primeiramente todos os nossos sentidos. O trabalho consiste em colocar-se no interior de uma estrutura rígida, porém transparente, como o vidro, e ouvir o silêncio que ecoa no contato com seu interior. A introspecção e a crença na existência de um estado para além das fronteiras palpáveis e seguras permitem imaginar uma passagem fluida através dos poros da materialidade visível, independentemente de qualquer filosofia ou credo religioso. O vidro, como uma pele, atua como auxiliar na manutenção do fora e do dentro em estado de contato, até que, ao se dissociar de sua materialidade, induza à sensação intuitiva de comunhão com o infinito.